segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Encosta-te a mim



Encosta-te a mim
Encosta-te a mim, nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim, talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim, dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou, deixa-me chegar.

Chegado da guerra, fiz tudo p´ra sobreviver
em nome da terra, no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem, não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói, não quero adormecer.

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.

Encosta-te a mim, desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.

Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.


Jorge Palma, in Voo Nocturno

6ª feira com Sérgio Godinho

Fim de noite exuberante com uma sonoridade renovada de Sérgio Godinho, no Teatro José Lúcio da Silva, aqui em Leiria.

Espectáculo fabuloso, apresentando o último trabalho, Ligação Directa, misturado com canções antigas, (e)ternamente actuais.

Valeu a pena!

domingo, 21 de outubro de 2007

Os nossos espectáculos, os nossos poetas...

(autoria Graça Laranjeiro)

Projecto Artes Novas, assumindo-se como factor de dinamização cultural, dá voz à poesia de Língua Portuguesa (portuguesa, brasileira e dos países de expressão lusófona).


Nos nossos multifaceados espectáculos cruzam-se a Literatura, a Música (música portuguesa, brasileira, clássica, rock, blues, flamengo, electrónica, pop, étnica, afro, originais, ...) a Pintura e a Arte Dramática interligando, de uma maneira original, poesia lírica com poesia erótica e diferentes formas e períodos poéticos.


Pelo palco passam, como mestres “sem cerimónias”, mas sempre mestres!: José Régio, Bocage, Florbela Espanca, Sophia de Mello Breyner Andresen, Natália Correia, Fernando Pessoa, Ricardo Reis, Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Alexandre O’Neil, Mário Henrique Leiria, E.M. Melo e Castro, Afonso Eanes do Cóton, Luís de Camões, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Vinicius de Moraes, Mário de Sá-Carneiro, Manuel Alegre, José Gomes Ferreira, Eugénio de Andrade, Orlando Mendes, Alda do Espírito Santo, Corsino Fontes, Manuel Rui, Ary dos Santos, José Afonso, Jorge Palma, Lobo Antunes, António Lopes Ribeiro, João Villaret, entre outros.


Para que a Cultura não seja sóbria: BEM DITO ÁLCOOL (para bares)

e

Para que a Cultura não seja monótona: BUÉ DE POETAS FIXES! (escolas e outros)


são espectáculos alegres, tristes, cómicos, de homenagem aos nossos poetas e, também, aos nossos grandes actores poéticos: Mário Viegas e João Villaret.


Quem vê os nossos espectáculos (já nos foi dito!) sai reconciliado com algo que achava entediante: a nossa Literatura e, nomeadamente, a nossa Poesia.


Abreijos poéticos

Projecto Artes Novas

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Há 2 milhões de pobres em Portugal


A cada dia que passa 50 mil pessoas morrem de pobreza extrema, o fosso entre ricos e pobres é cada vez maior e os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, assumidos pelos governos nas Nações Unidas de reduzir para metade a pobreza extrema até 2015, estão em risco.

Dá que pensar!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

O Início - Projecto Artes Novas, com o romance Gestos Esquecidos


A apresentação sensorial de Gestos Esquecidos, romance de Fernando José Rodrigues, foi o pontapé de saída para o Projecto Artes Novas. Começámos em Gaia, na FNAC, livro apresentado pela Drª Teresa Tudela. Depois corremos o País todo.
Apresentações
Gestos Esquecidos

Adriano Correia de Oliveira



Adriano morreu, faz hoje 25 anos. Aos 40 anos, quando a vida ingrata ou a morte gulosa, venha o diabo e escolha!, o decidiu levar.

Dele ficaram não só as canções, memórias de uma época mas também a lembrança do próprio Adriano Correia de Oliveira, símbolo de uma maneira de viver e de estar perante uma sociedade cada vez mais injusta.

O Projecto Artes Novas irá dedicar-lhe um tema numa das suas próximas actuações.

Porque vale a pena lembrar, porque vale a pena resisitir.



Até sempre, Adriano

Já temos Página na Net, blogue, mail...

(quadro de Sílvia Patrício)


Se havia coisa que nos estava a fazer falta...não era (não é), de certeza, a vontade.

Eram mais os apetrechos comunicacionais que, em menos de um segundo, poêm um chinês (mesmo a viver na China!) a ficar a saber que existe um grupo, em Portugal, que serve poesia à maneira, de modo a que em todos, em muitos lados, fiquem os hábitos de a ler, de a ouvir, de a conhecer.

Por isso a nossa simples página, rudimentar e ainda incompleta, está no seguinte endereço:

http://projecto.artes.novas.googlepages.com/home

O nosso blogue é este: http://projectoartesnovas.blogspot.com/

E o nosso mail: Projecto.Artes.Novas@gmail.com

Os telefones de contacto: 916412651 (comercial.); 916788651 (Projecto)

Já não têm desculpa para não nos contactarem:-)

Abreijos Poéticos do Projecto Artes Novas

De novo na "estrada"

(autoria de Graça Laranjeiro)


Após meses de interrupção, quer de ensaios, quer de performances, o Projecto Artes Novas (PAN) voltou à estrada. Quer dizer, esteve outra vez em palco, num curto e emplogante espectáculo, realizado, a 10 de Outubro, na Escola Superior de Saúde de Leiria.



Em versão minimalista, pois as horas só assim o permitiram, Nuno Gomes e Fernando José Rodrigues, assistidos no último tema por Graça Laranjeiro, encerraram, de um modo alegre, a Conferência sobre Cuidados Paliativos, que ali decorreu.



Quatro foram os temas, mais desejavam os espectadores do auditório. Ali "estreámos" 3 novos temas, a "encher" no futuro com mais instrumentação e outros arranjos: 2 poemas de José Gomes Ferreira, um de Jorge Palma e um outro de António Lopes Ribeiro, dito, há mais de cinquenta anos, pelo grande João Villaret.



Pois é! Voltámos. Porque tudo vale a pena, quando a alma não é pequena.



Abreijos poéticos dos PAN